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terça-feira, 21 de junho de 2011

Avaliação do aluno - AEE

Olá, 
Como muitos que passam por aqui escrevem pedindo ajuda, pois iniciaram ou iniciarão em Sala de Recursos, vou colocar aqui alguns pontos fundamentais de observação para avaliação. Antes de iniciar um trabalho, uma elaboração de um plano de ação, é necessário avaliar este aluno, seja através de observação, conversa com pais, professores, ou ao longo dos atendimentos,  estes pontos devem ser observados, por isso trago aqui um pequeno roteiro do qual nos ajuda em que ou no que devemos voltar nosso olhar para a partir daí possamos traçar objetivos próprios para cada aluno e para perceber seu desenvolvimento dentro do programa.
Ao avaliar o aluno, cuide para não focar apenas nas DIFICULDADES e sim suas POTENCIALIDADES, vamos ver aqui alguns pontos:

RACIOCÍNIO LÓGICO
Considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, compreensão de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc.
DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA:
Considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal, coordenação motora.
LINGUAGEM:
Considere os seguintes aspectos compreensão da língua oral, expressão oral, leitura,  escrita, uso de outros sistemas linguísticos (LIBRAS, comunicação alternativa etc.)
MEMÓRIA:
Considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica.
ATENÇÃO:
Considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens, identificação de personagens.
PERCEPÇÃO:
Considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal.
AUTONOMIA E INICIATIVA:
Considere os seguintes aspectos: Apresenta cuidado com próprio corpo/higiene, é independente nas diversas situações do cotidiano, possui organização com seu material, alimenta-se sozinho, veste-se sem auxilio, faz suas escolhas...

Cada um tem uma forma de trabalhar, utilizar plano de ação, plano de atendimento, perfil do aluno, entre outros. O importante é você ter claro seus objetivos, as necessidades para com o aluno, a forma que você irá utilizar é com você!

Aqui abaixo está um modelo de perfil de aluno que você pode utilizar:


SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
Aluno(a): 
Data de Nascimento:
Escola que frequenta 
Diagnóstico:

PERFIL DO ALUNO

Potencialidades e dificuldades do aluno


Dimensões
Dificuldades
Potencialidades
Desenvolvimento Psicomotor




Linguagem




Desenvolvimento cognitivo




Sociabilidade/afetividade





Aprendizagem



Iniciativa/ Autonomia






Objetivos para o aluno:

 




Planejamento individual:

 


  Atividades:


 

 Atualizado em



É isso, espero que possa ter contribuído de alguma forma, se você tiver outras sugestões ou quiser compartilhar a forma que você faz também me escreva.

abraço!



quarta-feira, 16 de março de 2011

ATIVIDADES - CHARADINHAS

Olá,
Há muitas pessoas pedindo atividades, porém estou com o tempo bem reduzido, estão vou postando aqui algumas...
A de hoje é de Charadas...
Faça cartões com as seguintes perguntas:


O QUE É O QUE É?

SOU UMA AVE TAGARELA
VERDES SÃO MINHAS PENAS
SE ME ENSINAM UM VERSINHO,
SEM DÚVIDA EU REPITO.


O QUE É O QUE É?


NO AR EU DOU VOLTINHA,
TENHO ASAS COLORIDAS,
NO VERÃO E NA PRIMAVERA,
VÔO ENTRE AS FLORZINHAS.


O QUE É O QUE É?


MINHA TROMBA É MUITO COMPRIDA,
MINHA COR É CINZA,
TENHO ORELHAS GRANDES,
GOSTO MUITO DE AMENDOIM.


O QUE É O QUE É?

COLOCAR OVOS,
É MINHA TAREFA,
CANTO E BICO,
TUDO O QUE VEJO.


O QUE É O QUE É?

NA LAGOA,
NADO UM POUCO,
VÔO CAMINHO,
E NÃO TENHO SAPATOS.


O QUE É O QUE É?

TENHO LÃ EM MEU CORPINHO,
E SOU DE COR BRANCA,
MÉÉÉÉ” É MINHA VOZ,
E VIVO NA FAZENDA.


O QUE É O QUE É?

ALGUMAS SÃO MUITO PRETINHAS,
OUTRAS MUITO MARRONS,
AS COM MANCHINHA PRETINHAS,
DÃO LEITE DE MONTÃO.


O QUE É O QUE É?

VIVO NA ÁGUA,
ADORO NADAR,
MEXENDO AS NADADEIRAS,
SAIO A PASSEAR.

Agora distribua pela sala estes cartões e faça dicas para que o aluno ache...
Exemplo: ME PROCURE E TENTE DESCOBRIR QUEM SOU....

1. Estou EMBAIXO do teclado do computador da DIREITA...
2. Estou escondido DENTRO da caixa de brinquedos...
3. Estou EM CIMA de um objeto que todos assistem...
e assim elaborar outras e contemplar lateralidade...está na esquerda de tal coisa, direita, atrás...

Há alunos que necessitará algumas dicas extras nas charadinhas, começa com tal letra, esse tem penas...ou então faça outros cartões com animais diversos que visualmente ajudará ele adivinhar.

Por hoje é isso...

abraço!



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Reversão do Autismo, será possível mesmo?

Hoje fuçando pelo mundo cibernético a procura de um texto bacana para entregar aos professores que possuem um aluno autista e para que entendam melhor o autismo, eis que surge essa reportagem na G1 ...muito interessante, vale a pena dar uma lida...
Enquanto você dá uma lida nesse aí, vou continuar a procura do texto que me referi para os professores, postarei aqui mais tarde...abraços...

Há poucas semanas surpreendemos o mundo acadêmico ao anunciar a quebra de um dogma da neurociência. Conseguimos, pela primeira vez na história, acompanhar o desenvolvimento de neurônios derivados de pacientes com o espectro autista e revertê-los ao estado normal. A descoberta, capa da prestigiosa revista científica Cell, traz a esperança de que um dia possamos reverter os sintomas do autismo, aliviando o sofrimento de milhares de crianças no mundo todo. Como chegamos aqui e as consequências dessa descoberta estão descritas nos parágrafos abaixo. Boa leitura!
A ideia
Em 2006, estava numa palestra num congresso de células-tronco internacional quando ouvi o pesquisador japonês Shynia Yamanaka relatar seus dados preliminares sobre a tecnologia de reprogramação celular. Ele não havia ainda conseguido transformar uma célula somática (da pele) em uma célula-tronco pluripotente, mas apresentou os experimentos em andamento. Nos corredores do congresso, o trabalho foi duramente criticado por colegas da área. Afinal, parecia impossível fazer isso, esses experimentos levariam anos. Shynia estaria louco.
Louco ou não, naquela hora eu achei que se aquilo realmente funcionasse, eu seria um dos primeiros a aplicar a nova tecnologia para o entendimento de uma doença do desenvolvimento. Não via a tecnologia apenas como alternativa para o uso de células-tronco embrionárias humanas, enxerguei a oportunidade de usar a tecnologia para a modelagem de doenças humanas. Escrevi nesse blog que essa seria uma descoberta revolucionária. Bola na caçapa. O japonês virou o campo das células-tronco de cabeça-pra-baixo ao apresentar as células iPS (do inglês, induced pluripotent stem cells), em dois trabalhos publicados na revista Cell. A tecnologia é tão simples que se espalhou pelo mundo todo, uma verdadeira Yamanakamania.
Em 2008 comecei a liderar meu próprio laboratório na Universidade da Califórnia em San Diego. Meu primeiro gol seria o de reproduzir neurônios do espectro autista usando a tecnologia de Yamanaka. A escolha da síndrome foi feita a dedo: começaria com a síndrome de Rett. Por ser rara, nem mesmo cientistas ou médicos são familiarizados com essa síndrome e ignoram que pacientes com autismo clássico possam ter mutações no mesmo gene que causa Rett. Mais importante ainda, dados recentes revelam que vias neurais afetadas podem ser comuns entre diversas doenças neurológicas. O espectro autista é composto por um leque de síndromes que possuem duas características em comum: a dificuldade de socialização e movimentos repetitivos. Pacientes com Rett estão no extremo mais dramático do autismo, pois além desses problemas apresentam dificuldades motoras e ataques epilépticos, entre outros sintomas. Assim, se conseguisse entender o extremo mais dramático do espectro, as portas estariam abertas para as outras síndromes.
Outra razão por começar com Rett: a causa genética da doença está bem definida, ou seja, sabemos qual é o gene responsável na maioria dos casos. Isso foi crucial no trabalho, para mostrar que as características neuronais que estávamos observando em Rett não vinham do ambiente. Por último, diria que o fato de terem sido observadas melhoras num modelo murino (em um rato) de Rett, eram evidências fortes de que a síndrome poderia ser também reversível em humanos. Comentei essa descoberta aqui. Por essas razões achei que seria mais fácil modelar Rett do que outras síndromes do espectro.
Mas nem todo mundo achou que minha escolha da síndrome de Rett era boa, pois neurônios humanos são bem mais complexos que de camundongos. Além disso, a síndrome só se manifesta mais tarde, depois do primeiro ano, e o que eu teria no laboratório seriam neurônios semelhantes aos embrionários. Com uma boa experiência em células-tronco neurais e embrionárias, via uma janela de oportunidade. Apesar da concorrência feroz nesse campo, acreditava que estaria em vantagem, mas não iria conseguir fazer isso sozinho. O primeiro grande desafio foi o de recrutar cientistas que topassem embarcar num projeto altamente arriscado, sem a menor garantia de sucesso.
O time
Comecei o trabalho ao lado de Carol Marchetto, cientista brasileira do Instituto Salk, vizinho a Universidade da Califórnia. Carol e eu já assinamos diversos trabalhos científicos e temos uma sinergia enorme. Juntos, derivamos as primeiras células neuronais de pacientes e alguns meses depois já estávamos quantificando as conexões neurais. O trabalho caminhava num ritmo frenético quando um dia encontramos todas as nossas células mortas. Por alguma razão ainda misteriosa, todos os nossos neurônios haviam se descolado das placas. A frustração aumentou quando soubemos da publicação de células iPS de Rett por um grupo competidor – eles estavam bem mais na nossa frente agora. Mesmo assim, sorrimos por duas razões: o grupo não tinha experiência com neurônios e, portanto, não haviam colocado esforço nesses experimentos. Segundo, se tínhamos competidores, a ideia era quente. Voltamos ao trabalho.
O projeto era agora ainda mais arriscado e precisávamos de ajuda. Estava cada vez mais ocupado com aulas e escrevendo “grants” (financiamentos) para me sustentar. Nos EUA, o salário do pesquisador é pago por ele mesmo por meio de aplicações de grants para agências de fomento. Por causa da crise, apenas 8% a 10% dos grants são financiados, o que tem fechado diversos laboratórios nos EUA. Inspirado pelo explorador Ernest Shackleton, resolvi recrutar pessoas com uma habilidade excepcional e capacidade de trabalhar em time. Postei o anúncio ao lado e comecei a entrevistar candidatos. Como requisito mínimo, teriam de dividir o sonho, não ter medo de trabalhar longas horas, não se importar com a concorrência e rir em momentos de estresse. Queria só a nata dos melhores pesquisadores, os mais resistentes ao meu lado.
Encontrei o Cassiano Carromeu em visita ao Brasil. Conversamos e percebi que ele tinha o perfil exato. Cassiano estava disposto a migrar para a Califórnia em busca de questões científicas desafiadoras, deixando a segurança de um laboratório famoso ou já estabelecido de lado. Comigo e Carol, passou a liderar o trabalho, derivando células iPS de outros pacientes e induzindo a diferenciação neuronal. A sincronia entre nós era grande e passamos a gerar dados loucamente. Não havia noite ou dia, final de semana ou feriado. Foram horas e horas no microscópio, sala de cultura etc. Estávamos viciados no projeto e as diferenças entre os neurônios autistas e normais começavam a aparecer.
A publicação
Os dados estavam cada vez mais convincentes. Decidimos então testar algumas drogas e arriscar na reversibilidade dos sintomas. No início, tivemos alguns problemas. As doses estavam sendo tóxicas, talvez fosse preciso gastar um tempo ajustando as concentrações para neurônios humanos. Ninguém nunca tinha testado nada em neurônios humanos antes, não havia literatura para consultar, éramos pioneiros e tínhamos pressa. Quando vi os dados da reversão com a primeira droga, pulei de alegria. Esse “estado autista” que observávamos nos neurônios não era permanente! Se conseguíssemos reverter um neurônio por vez, poderíamos reverter o cérebro inteiro. Esse pensamento não me saia da cabeça.
Nessa época, o trabalho já estava rascunhado e foi só acrescentar esse dado antes de submetê-lo para as revistas. A primeira submissão foi um balde de água gelada: o trabalho fora recusado. Os revisores não viram a relevância em usar neurônios humanos. Com medo de soar arrogante, não havia deixado claras as implicações do trabalho. Mea culpa. Reescrevi tudo e mandamos para a Cell, com receio de que essa revista fosse ainda mais rigorosa que a anterior. Dessa vez, todos os revisores foram positivos. Porém, o número de experimentos extras, controles etc. que haviam pedido era surreal. Recrutamos outros pesquisadores para ajudar em técnicas mais específicas.
Hoje em dia, a ciência é multidisciplinar. É um erro tentar fazer tudo sozinho. Foram mais alguns meses de completa insanidade. Ganhei meus primeiros cabelos brancos, Carol ganhou uma gastrite e o Cassiano aumentou o consumo de chocolate. O trabalho ainda passou por mais algumas revisões até ser formalmente aceito pela revista. A comparação entre as atividades de neurônios autistas e neurônios normais foi ilustrada em vídeo, que vale mais do que mil palavras.
O impacto
O espectro autista afeta 1 em cada 105 crianças nos EUA. O autismo, assim como outras doenças psiquiátricas, sofre com o estigma de que não tem cura. Além disso, existe um outro estigma: o de que essas doenças são causadas por falta de afeto ou por descuido dos pais. Na década de 70, mães e pais de pacientes com doenças psiquiátricas eram submetidos a tratamentos médicos, não as crianças. Em conversa com pais, muitos ainda revelam o peso desse preconceito, vindo de outros pais ou da culpa que sentem.
Em nossos experimentos, conseguimos corrigir o defeito genético nos neurônios dos pacientes, evitando o aparecimento das “características autistas”. Esse dado sugere uma forte evidência contra fatores ambientais no desenvolvimento dessa síndrome. Como não conhecemos a base genética de outros pacientes com autismo, fica difícil estender essas observações para todo o espectro. De qualquer forma, entender como o autismo surge, suas bases biológicas e neuronais, deve contribuir para a redução desse estigma e estereótipo de pacientes com doenças mentais.
O fato de conseguir modelar o espectro autista em laboratório deve abrir portas para uma série de outras doenças neurológicas. Antecipo que outros grupos vão utilizar a mesma estratégia para esquizofrenia, depressão, bipolaridade, entre tantas outras doenças do desenvolvimento ou psiquiátricas. O impacto do uso das células iPS nesse tipo de modelagem promete acelerar as descobertas cientificas no mundo todo. Além disso, sugere que a técnica possa ser implementada como uma ferramenta de diagnóstico, permitindo antecipar o aparecimento dos sintomas e começar os tratamentos mais cedo. Imagino que as firmas de seguro-saúde vão compreender o significado disso em breve. De qualquer forma, acho que esse é o primeiro passo para uma futura medicina personalizada.
Mas talvez o impacto maior seja o da possibilidade de reverter a doença. As drogas que foram usadas no trabalho para a reversão dos neurônios dos pacientes para um estado “normal” foram o IGF1 e a gentamicina. O IGF1 é um fator que estimula as células neurais, provavelmente através de uma cascata de ativação de outros genes que auxiliam no desenvolvimento neuronal. Para chegar na fase clínica, o IGF1 teria de ser modificado quimicamente para facilitar sua penetração no sistema nervoso. Nossos dados mostram que será preciso cautela, pois o IGF1 pode super-estimular os neurônios, causando efeitos colaterais como ataques epilépticos, por exemplo. A gentamicina atua de uma outra forma, apenas em mutações genéticas específicas. Além disso, é tóxica in vivo.
De qualquer forma, tenho recebido algumas mensagens da industria farmacêutica, o que indica um interesse desse setor no desenvolvimento de melhores drogas. Melhor ainda, nosso dados estão sendo úteis para o avanço dos primeiros testes clínicos de pacientes Rett, em Boston, EUA. Resultados positivos desse teste vão expandir as possibilidades de tratamento para outras partes do mundo.
Consequências da reversão
Vamos supor que realmente encontremos uma droga capaz de reverter o estado autista de neurônios em cultura e que, quando aplicados em humanos, conseguisse consertar todos os neurônios do cérebro humano. Seria essa então a cura do autismo? As observações que fizemos dizem respeito ao número de sinapses. Sinapses são as estruturas responsáveis pela transmissão da informação entre um neurônio e outro. Essas conexões nervosas formam redes que estão envolvidas em diversos processos cognitivos, como aprendizado, consciência e memória. Ao elevarmos o número de sinapses no cérebro de um paciente com autismo por meio de um futuro tratamento, a expectativa é que ele restabeleça conexões neurais, comportando-se como um cérebro normal.
Mas o que aconteceria com a memória? E as habilidades cognitivas que diferenciam das outras crianças e as tornam tão especiais? Tive essa discussão com Ana Parreira, mãe de uma criança com Asperger, outra síndrome do espectro autista. Ana me escreveu por e-mail, preocupada com o fato de que uma futura terapia poderia apagar as habilidades criativas de seu filho. Na verdade, essa é uma possibilidade real, mas não sabemos se isso vai realmente acontecer. Só vamos descobrir durante os ensaios clínicos, pois modelos animais são difíceis de interpretar, principalmente quando olhamos para criatividade, afeto e outras características tipicamente humanas.
Assim como Ana, recebi centenas de mensagens de familiares e pais de pacientes com o espectro autista. Infelizmente, não vou conseguir responder a todos, mas não deixo de apreciar todo o carinho e apoio. Isso traz muita motivação para mim e todo o grupo. Sou grato e honrado por ter tocado tantas pessoas através da ciência.
O futuro
Nosso grupo decidiu que não vai esperar pelo posicionamento da indústria farmacêutica, em geral com menos entusiasmo para projetos arriscados. Vamos seguir em frente de forma independente para o estabelecimento de uma plataforma para triagem de novos medicamentos automatizada. Esse projeto multidisciplinar envolve profissionais de diversas áreas do conhecimento, biólogos, engenheiros, matemáticos e médicos. Não vai ser fácil, pois precisamos otimizar diversas etapas do processo, mas qual seria a graça da vida se tudo fosse simples e previsível?
Tenho orgulho de ter participado com meus colegas dessa pesquisa que rompe barreiras e desafia os fundamentos da neurociência e da própria psiquiatria. Nasci ouvindo que o espectro autista não tem cura. Acho que isso é um mito. Amanhã no laboratório vamos ousar algo novo. A ciência é assim, todo dia uma nova aventura, trazendo esperanças e nos fazendo sonhar com oportunidades que antes pareciam impossíveis.
Reportagem do site:

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

um ótimo ano!!!

"Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar." (Clarice Lispector)


Este ano será....
Repleto de alegrias, mas também com tristezas;
Com amigos presentes e ausentes...

Repleto de problemas, mas com soluções;
Momentos de ansiedade e mansidão...
Saudades...
Estruturas abaladas, mas também Forte como uma rocha;
Dois lados, no fio da navalha...
Uma coisa sei...seguir sempre....quero viver! Enfrento o que vier! (by Gi Andrade)

"Felicidade não é a ausência de problemas mas a habilidade para lidar com eles." (Bob Marley)






Que tenhamos um ano repleto de realizações!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Então é Natal!

É...já é Natal!
GOSTOU DESTE GIF? No site Belas Mensagens tem centenas! CLIQUE AQUI E CONFIRA
Obrigada aos visitantes e seguidores pelos comentários e troca de experiências...fiquei devendo um maior número de postagens, mas sabemos que nosso tempo é um tanto curto...
Um ótimo Natal à todos e um novo ano de saúde, alegrias e sucesso!
abraço e nos encontramos em 2011!






segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial - Taare Zameen Par - Every Child is Special

Quero sugerir este filme que é lindo, emocionante e nos traz reflexão... chorei horrores em várias partes dele, vale muito a pena!!!




Sinopse :
Filme da produção de Bollywood , conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver. O filme é uma obra prima do ator e produtor Aamir Khan.

Ficha Técnica :
Título no Brasil: Somos Todos Diferentes / Como Estrelas na Terra
Título Original: Taare Zameen Par / Stars on Earth
País de Origem: India
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 165 minutos
Ano de Lançamento: 2008
Estúdio/Distrib: Aamir Khan Productions
Direção: Aamir Khan










bom filme p vc!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Doença Mental versus Deficiência Mental

Para esclarecer, hoje o termo usado para Deficiência Mental é Deficiência Intelectual, logo abaixo explico melhor.

Muitas pessoas confundem achando que Doença Mental  é a mesma coisa que Deficiência Mental, vamos esclarecer então...

Doença Mental há duas classificações básicas: as neuroses - toda psicopatologia leve, onde a pessoa  mesmo que vaga, têm a noção de seu problema (TOC, Sindrome do Pânico, Fobias, Depressão...) e as psicoses - fuga da realidade (esquizofrenia, transtorno bipolar...)

Deficiência Intelectual (anteriormente chamada de Deficiência Mental) segundo conceito da Associação Americana de Deficiência mental, trata-se de um funcionamento intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), com início antes dos 18 anos. 
Em 1995 o simpósio Intellectual Disability:Programs, Policies and Planning for The Future da Organização das Nações Unidas – ONU, altera o termo deficiência mental por deficiência intelectual, no sentido de diferenciar mais claramente a deficiência mental da doença mental (quadros psiquiátricos não necessariamente associados a déficit intelectual). Em 2004, em evento realizado pela Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde o termo deficiência é consagrado com o documento "DECLARAÇÃO DE MONTREAL SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL”. 

Uma pessoa com deficiência intelectual precisa ser estimulada nas áreas em que tem dificuldade. Os principais profissionais envolvidos são pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, sendo que medicamentos são utilizados quando a deficiência intelectual é associada a doenças como a epilepsia. 

As doenças mentais são acompanhadas por psicólogos e terapeutas ocupacionais e imprescindível o acompanhamento de um psiquiatra. Esse médico coordena o tratamento, além de definir a medicação utilizada para controlar os sintomas apresentados pela pessoa.

É possível que uma pessoa tenha uma doença mental associada a deficiência intelectual necessitando da equipe multidisciplinar para receber o tratamento adequado levando em conta as duas condições. 

Abraço!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sugestão de Atividade - Cartaz

Vou dar uma sugestão de atividade...Que tal confeccionar um cartaz com seu aluno relacionando ao que você está trabalhando; Vou dar um exemplo Higiene e Saúde (em outro post está o projeto), vou instigar meu aluno direcionando para um assunto específico como por exemplo Hora do Banho; 
O que você usa para o Banho? Ele deverá perceber os itens que colaboram para esta hora como: chuveiro, sabonete, roupas limpas, enfim, tudo que envolva este momento. 
Feito isto, que tal pesquisar fotos ou figuras das quais ele citou em site de busca? (melhor do que perder horas procurando em milhares de revistas, você não acha?);
Bem, para isto alguns alunos serão bastante mediados, pois ainda não são alfabetizados, então exploramos este momento também para alfabetização, enfim, digitamos lá a palavra "chuveiro", irá aparecer vários chuveiros, ele escolherá qual figura lhe agrada, salvamos no computador; passamos para outro item...ao término revemos tudo que foi escolhido, perceba se ele lembra das figuras escolhidas por ele, então imprimimos; Ele deverá recortar e colar e assim está pronto seu cartaz da Hora do Banho; Uma atividade simples mas que englobam alguns objetivos específicos como: 
- Explorar o tema higiene e saúde na questão do hora do banho;
- Perceber os itens que colaboram para a hora do banho, exemplo: chuveiro, sabonete, roupas limpas.
- Descrever e escrever cada item para busca; 
Utilizando como estratégia o computador como ferramenta de pesquisa, isto nada mais nada menos irá desenvolver e estimular atenção, percepção, raciocínio e memória; estimula o desenvolvimento da discriminação visual, linguagem e interpretação, bem como a capacidade de escolha, iniciativa e questões motoras.
Faça com outros alunos cartazes também com outro foco, por exemplo Cortar as Unhas, Casa limpa, Escovar os Dentes; Hora de ir ao Banheiro...e depois exponha na sala ou na escola.

Espero que tenham gostado da sugestão!
Abraço!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mary and Max - Uma amizade diferente....

Quero sugerir um filme Mary and Max...ou você vai gostar ou vai odiar...
Filme inteiro na técnica stop-motion em que cada cena é fotografada quadro a quadro e os personagens de massinha como no filme Fuga das Galinhas. Você deve estar achando que por ser personagens de massinha seria para o público infantil...a resposta é não, o filme não chama atenção deste público e a linguagem dele não é apropriada...Mary e Max é viagem que explora a amizade, síndrome de asperger, alcoolismo, de onde vêm os bêbes, odesidade, cleptomania, diferença sexual, confiança, diferenças religiosas entre outras.


É um conto (ou, de acordo com o próprio filme, “baseado em uma história real”) de dois personagens bastante distintos que passam a se corresponder por cartas e formar uma amizade. Mary é uma garotinha de 8 anos que não possui amigos e é vítima de “bully” na escola.
E Max é um homem obeso de 44 anos que sofre de síndrome de Asperger e também não possui amigos. A história gira em torno de suas cartas e das consequências que elas causam.
Um filme levado pela melancolia de seus personagens, porém bem interessante...

Titulo Original: Mary and Max
Título Traduzido: Mary and Max
Lançamento: 2009
Gênero:Animação / Comédia / Drama
Ano de Lançamento: 2009



Abraço!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Projeto: Eu, o Trânsito e o Respeito

Pessoal, este é o outro projeto que estava trabalhando com alguns alunos e que estava devendo à vocês...
EU, O TRÂNSITO E O RESPEITO
Diante do perfil de alguns alunos da SRM, vimos a necessidade de abordar o tema “Eu, o trânsito e o Respeito”, haja vista estes alunos serem adolescentes e necessitarem orientação do trânsito, bem como desenvolver uma vida autônoma.

Objetivo Geral:
Entender e ter autonomia nas vias públicas, ônibus e trânsito, bem como o respeito com o meio, percebendo a importância dos mesmos.

Objetivos Específicos:

Identificar a Educação para o Trânsito como fator de segurança pessoal e coletiva;
- Colaborar para a formação de comportamentos que proporcionem segurança no trânsito e os comportamentos que proporcionem ou comprometem essa segurança; 
- Analisar atitudes positivas e negativas, comparando-as com as normas estabelecidas;
Identificar regras de circulação como fatores importantes na ordem e segurança; 
Saber reconhecer e interpretar as principais formas de sinalização no trânsito; 
Desenvolver a atenção e a percepção, aplicando-as à obediência à sinalização de trânsito; 
Trabalhar as virtudes importantes na vida em sociedade, tais como: paciência, tolerância, responsabilidade, coleguismo, entre outros; 
Conhecer a funcionalidade do Cartão Siga, ônibus e os Terminais; 
- Desenvolver independência e autonomia nas vias públicas; 
Estimular atenção e concentração; 
Visualizar e interpretar imagens; 
Desenvolver a psicomotricidade, criatividade, raciocínio lógico e autonomia dentro desta temática.
A proposta apresentada, visa possibilitar e garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes.
Atividades a serem desenvolvidas:
Confecção de cartazes e jogos pelos próprios alunos; Histórias em quadrinhos; Vídeos; Bingo; Jogo da memória; Jogos no computador; Deslocamento em via pública, ônibus e terminal, entre outras.
Um dos jogos que utilizei e que eles gostaram muito foi este Jogo do Trânsito do Brinquedolonas. 




quarta-feira, 30 de junho de 2010

Obrigada!

obrigada à todos que visitam o meu blog e deixam comentários de incentivo...
Deixem seus e-mail´s para que eu possa responder e manter contato, assim poderemos ter trocas de experiências.
Grande abraço!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ensinar amarrar o cadarço do tênis...

Tenho alunos de 14 e 15 anos que ainda não sabem amarrar o tênis...pensei....bem vou ensiná-los e aí mais uma prova de que todos somos diferentes e ninguém aprende igual a ninguém, precisamos estar sensíveis a isto, para alguns na forma tradicional foi fácil ensiná-los, porém tenho uma aluno que mesmo tentando, tentando, treinando, não conseguia, logo fui atrás pesquisar para saber uma outra maneira de lhe ensinar amarrar um simples cardarço (para nós, para ele estava já uma tortura), pois bem, achei na tal pesquisa e vou compartilhar com vocês.



  


 


 



e não é que deu certo? aprendeu rapidinho. Segundo a mãe já insistia há anos e vários profissionais pelo qual este aluno passou também tentaram.
Por isso devemos sempre buscarmos alternativas para que nosso aluno compreenda, não necessariamente do jeito que sabemos ou tradicionalmente conhecemos...eu particularmente nunca tinha visto este tipo de amarração, mas foi uma forma que este aluno chegou ao objetivo. Então para nós resta, buscar sempre!

Abraço a todos!


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Projeto Eu e Meu Corpo e a Higiene

Nas Salas de Recursos Multifuncionais temos vários alunos, cada um com suas necessidades para serem trabalhadas, cada um com suas especificidades. Cada aluno deve ser realizado um planejamento diferenciado, porém fiz este projeto mais amplo e deste partirei para questões específicas de cada um, haja vista alguns alunos apresentarem maiores necessidades e precisarem de orientações de como cuidar do próprio corpo, adquirirem bons hábitos para uma vida saudável em todos os aspectos e principalmente ter autonomia a respeito desta temática.

EU E MEU CORPO E A HIGIENE

Objetivo Geral:

Conhecer e valorizar o próprio corpo e concientizar os alunos sobre a importância da higiene para uma vida  saudável.

Objetivos Específicos:

- Levar o aluno a perceber a necessidade de adquirir bons hábitos de higiene;

- Identificar e criar o hábito de uma boa higiene e cuidados com o corpo para ser saudável;

- Estimular para a prática correta de tomar banho, cortar as unhas, cabelos e vestuário;

- Adotar hábitos de autocuidado, respeitando as possibilidades e limites do próprio corpo;

- Identificar algumas doenças causadas pela falta de higiene e seus sintomas;

- Desenvolver independência para manter sua higiene pessoal;

- Estimular atenção e concentração;

- Visualizar e interpretar imagens;

- Desenvolver a psicomotricidade, criatividade, raciocínio lógico e autonomia dentro desta temática.

A proposta apresentada, visa possibilitar e garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida.

Atividades a serem desenvolvidas:

Feira dos objetos de higiene; Futebol da saúde; Bingo; Jogo da memória; Jogos no computador; Pescaria; Vídeos; Músicas; Confecção de Cartazes e jogos.

Na foto abaixo uns dos trabalhos desenvolvidos; Cartaz produzido pelo aluno, sendo trabalhado o necessário para o banho, posteriormente confeccionado boneco, pintado com guache, colado foto do rosto dele e objetos envolvidos , preciso dizer que eles adoraram ver o rostinho deles no boneco?




Cartazes, cada aluno produziu o seu com uma questão ligada ao corpo, saúde e higiene, como por exemplo para ter uma casa limpa é necessário? Escovar os dentes; Cortar as unhas; Higiene em casa e na escola; enfim...todas as imagens que constam nos cartazes foram pesquisadas na internet e escolhidas pelos próprios alunos...


Tenho outro projeto em andamento com outros alunos sobre o trânsito , postarei mais tarde.
Sugestões de mais atividades serão bem vindas e espero que gostem!
abraços à todos!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ausência

Olá pessoal, tô ausente aqui, estou com muito trabalho e novos desafios...mas logo logo estarei postando algo bem interessante! valew! bjs